quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
MEU FILHO NASCEU!!!
quinta-feira, 26 de março de 2009
Por que Lâmpada???
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sexta-feira, 6 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
A novela do Passat
Resolvi escrever aqui a história, a NOVELA desse Passat na minha vida.
Só mesmo pra deixar registrado, pra desabafar, não sei. Deu vontade.
Pareceu um bom motivo pra começar um blog também.
Acompanhe abaixo todos os capítulos dessa história, que, graças a Deus, chegou o fim ONTEM, dia 03/03/2009. Pra mim, uma data histórica.
Os personagens
- Tony Lâmpada = Engenheiro de Computação recém formado no ITA, honesto, protagonista da história, que acabou se ferrando (sou eu).
- Sr. João = Um senhor de uns 50 anos, Engenheiro do ITA, honesto, único dono do carro até então.
- Carro = Passat 1980, cinza, em ótimo estado pra sua idade.
- Yamada = Colega de turma do Tony do ITA, também honesto.
Mar-Abr/2004
Comprei o carro do Sr. João.
A transferência é feita pelo DETRAN-SJC, sem nenhum problema.
Nov/2004
Precisei viajar pra Argentina, com previsão de ficar uns 6 meses por lá.
Decidi emprestar o carro pro meu amigo Yamada, enquanto estivesse fora do Brasil.
Pra evitar receber quaisquer eventuais multas do Yamada, decidimos passar o carro pro nome dele.
Esta segunda transferência também foi feita pelo DETRAN-SJC, sem nenhum problema.
Jan/2005
Voltei da Argentina bem antes do esperado, e me mudei pra São Paulo, porque agora estava trabalhando lá.
Como não precisava do carro, foi ficando com o Yamada em São José dos Campos mesmo.
Mar/2005
Resolvi pegar o carro novamente.
Como meu endereço agora era em São Paulo, a transferência teve que ser feita pelo DETRAN da capital.
Aí começou o problema...
A bomba
Durante a vistoria (bem mais rigorosa em comparação ao DETRAN-SJC), o DETRAN-SP constata que o número do bloco do motor foi remarcado (corroído quimicamente, e escrito outro por cima).
Fui encaminhado pra delegacia, que apreendeu o Documento de transferência (assinado pelo Yamada), e deveria apreender também o veículo, mas não o faz por falta de vagas nos pátios.
Ao invés disso, a delegada me indica como Fiel depositário do carro até que o processo judicial criado naquele momento seja resolvido.
Um parêntesis: esse negócio de ser fiel depositário é uma MERDA. O fiel depositário é uma pessoa que é obrigada a cuidar de um bem por um determinado período. Se algo acontecer ao bem, o fiel depositário tem que ressarcir o valor do bem, ou pode ir preso. Como não tinha quem ressarcir (afinal o crro era meu), se o passat viesse a ser roubado de mim, eu ia preso (!!!). É como se eu tivesse "dado" fim num possivel prova de um crime.
E a delagada só me explicou isso depois de eu ter assinado o termo de responsabilidade de fiel depositário. Legal né...
Continuando...
Ainda atordoado telefonei para o Sr. João cobrando explicações.
O Sr. João explica que, como já havia informado antes da venda, o motor do carro não era original.
Por volta de 1987, o motor original fundiu. Ele na ocasião comprou um motor recondicionado na mesma concessionária que adquiriu o veículo, a Concessionária Bandeirantes (que não existe mais há vários anos).
O motor portanto deveria ter sido remarcado pela própria Concessionária.
O Sr. João explica também que não possui a nota fiscal da compra do motor, feita há mais de 15 anos.
Eu entrei em contato com a Volkswagen, que me explicou que naquela época, em substituições de motor como essa, acontecia de as concessionárias remarcarem o número do motor sendo colocado no carro, usando a numeração original.
Embora isso ocorresse, a Volkswagen não era notificada pelas concessionárias quando isto ocorria.
A Volkswagen explicou também que não tinha mais condições de saber o número do motor originalmente colocado no veículo, devido à idade dessa informação.
Vários meses depois da apreensao, eu fui chamado para depor na delegacia e explicar o caso.
Vários meses depois, o Sr. João é chamado pra dar o depoimento dele, confirmando toda a história.
Vários meses depois, a juíza responsável julga que não houve crime de adulteração e manda devolver o documento de transferência.
Tempo total do processo: 2 anos e pouco.
Custos com advogado: R$1300,00
jun/2007
Nada mais de ter que cuidar, pagar estacionamento, manutenção, etc, de um carro sem poder rodar, licensiar, vender.
Nada mais de acordar de noite com medo que estivessem roubando o carro, sonhar que eu tava indo preso, etc.
Finalmente eu poderia concluir a transferência, iniciada em 2005.
Ou pelo menos era o que eu achava...
ago/2007
Eu já estava morando novamente em são José dos Campos. E fui ao DETRAN fazer a transferência, explicando todo o ocorrido.
O DETRAN-SJC, após analisar todo o processo, explica que é necessário antes regularizar a situação do motor, realizando uma marcação de novo número no bloco, desta vez, feita com autorização e sob o controle do DETRAN.
Para isso, eu precisaria fazer uma solicitação de marcação de novo número de motor.
Um detalhe: O funcionário do DETRAN confirmou o que havia sido dito pela Volkswagen sobre o prcedimento adotado pelas concessionárias no passado.
Nas palavras dele, foi algo mais ou menos assim:
"Naquela época era normal as concessionárias remarcarem motor. O DETRAN nem controlava o número do motor, só existia chassi e placa.
Bloco de motor só foi passar a controlar de 90 e pouco pra cá. Aí hoje é que essas merdas estão aparecendo!"
out/2007
Entreguei a solicitação de marcação de novo número de motor ao DETRAN-SJC.
Em anexo, seguia a cópia de todo o processo.
Uma semana depois, a solicitação é INDEFERIDA pelo DETRAN.
O DETRAN alega, que só seria possível deferir a solicitação em um dos dois casos:
- Mediante apresentação da nota fiscal do motor.
- Mediante ordem judicial
A interpretação do DETRAN é que a juíza que julgou o meu caso simplesmente me liberou do crime de adulteração, mas em hora nenhuma ela determinou que o Detran remarcasse o motor.
O meu motor continuava irregular.
Eu procurei a orientação de um advogado em SJC, pra ver como obter uma ordem judicial.
O advogado explica que poderia até ser possível, mas que demoraria muito (uns 2 anos).
Larguei mão. Resolvi usar o carro. Não conseguia transferir mesmo ué...
Mas aí vem esposa.... :-)
"Nossa! Até quando vc vai ficar com esse carro véio aí?"
"Ai, sai pra lá, vc tá com cheiro de Passat!" – quando eu chegava do trabalho...
O tempo foi passando e eu vi que precisava resolver o problema.
Apesar de tentar contornar de todos os jeitos, não tinha jeito: Eu tinha que comprar um outro motor. Simplesmente pq a numeração do antigo estava raspada.
dez/2008
Demorou, mas eu achei. Lá no desmanche CANINDU (Longe pra cacete, na estrada pra Monteiro Lobato...)
Um motor de um passat 79, 1.6, gasolina, barato (R$1200), COM NOTA FISCAL, GARANTIA, NUMERAÇÃO OK, TERCEIRA VISÃO etc.
Comprei, instalei, avisei o Detran.
Deu uns problemas mecânicos, que o pessoal do desmanche resolveu depois.
Aliás, recomendo esse CANINDU aih viu. Os caras foram bastante profissionais.
Mais papelada e mais burocracia pro Detran tirar do sistema deles que meu carro tava irregular.
FINALMENTE, dei entrada novamente no processo de transferência. Ainda tive que pagar, além da taxa de transferencia e licensiamento, os R$150 e poucos da infame multa de averbação (cobrada pela Fazenda quando o sujeito demora mais de 30 dias pra fazer uma transferência)
27/fev/2009
Saiu o documento novo, no meu nome. Eu quase choro de emoção :-)
Nisso, o carro já estava na rua com um cartazinho de “Vende-se” há uns dias.
2/mar/2009
Um carinha, apreciador de carros antigos, que ja tinha visto o carro na rua me liga, pede pra ver o carro. EU tava pedindo 4 mil. Ele ofereceu 3. Eu aceitei.
3/mar/2009
O comprador chega com a grana e leva o carro. Na mesma hora eu fui no cartório assinar o documento de transferencia que depois entreguei pra ele.
FIM